Uma Confissão Corajosa

 

O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus”. Mc. 15:39

É muito comum em nossos cânticos, orações e pregações a declaração de que temos que “ir até a cruz”. Isto é importante e verdadeiro, pois Paulo nos ensina que a nossa glória está na cruz do nosso Senhor Jesus Cristo (Gl. 6:14). Mas também devemos parar para observar o momento específico da crucificação, sim, devemos ler e reler cada hora que se passou para o cumprimento do sacrifício que satisfez a Justiça Divina. É neste período que muitas coisas acontecem quando Jesus Cristo é levantado no madeiro, e dentre elas vale destacar a confissão de um homem que assistia a tudo no dia mais importante da História.

Em toda a sua carreira, apenas Jesus havia oferecido misericórdia ao centurião. Para ele aquela era a mais surpreendente situação, pois jamais um “inimigo” de Roma, rendido, preso, condenado e em execução, havia se colocado em posição contrária ao estado em que ele realmente se encontrava, a posição de que somente um rei soberano e benevolente poderia oferecer perdão e misericórdia. Jesus é o único Rei soberano que nos perdoa.

O homem do qual falamos é o centurião de Mc. 15:39. Os centuriões eram considerados a espinha dorsal do exército romano. E este que citamos era um militar que na couraça que lhe cobria o coração levava a insígnia de seu senhor, César. Ele se orgulhava de comandar cem soldados romanos de elite, um verdadeiro “Cap. Nascimento” daqueles dias. Este centurião observava as cruzes no Gólgota e ficou de vigília enquanto a morte consumia os condenados. Entretanto, uma das vítimas parecia diferente de tudo aquilo que o oficial veterano já vira. Tal homem não relutava, como faziam os outros. Não implorava nem praguejava; não reclamava ou implorava por misericórdia. Na verdade, ele fez algo que dilacerou aquele encouraçado coração, com uma força e brado que o diferenciou dos outros crucificados. ELE PERDOOU.

Embora o centurião representasse o poder de Roma que o levara à cruz, Cristo o perdoou. Naquele momento o oficial conseguiu fazer uma única confissão: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus”.

Este homem que tinha como regra suprema reconhecer o imperador romano como autoridade máxima faz agora a confissão mais corajosa de toda a sua vida: o Senhorio é de Cristo pois ele é o Filho de Deus, ele é Deus!

Tal confissão faz dele o primeiro gentio a dar este testemunho de Fé após a crucificação. A tradição afirma que seu nome era Longino e que ele se tornou um fiel seguidor de Cristo, pregou a Fé e morreu como um mártir.

Dois mil anos depois, as pessoas olham para a cruz e estão diante de Jesus, o Filho de Deus que ressuscitou. Uma confissão corajosa nos é demandada, abrir os lábios e o coração para dizer que Cristo é o Senhor, mesmo que isto nos custe estar fora dos “padrões” da sociedade, nos custe a carreira ou o prestígio dos homens, e nos custe até mesmo a vida. Hoje a Cruz de Cristo está diante de você, qual a sua confissão acerca dele?

Que Deus nos abençoe!

Em Cristo,

Pastor Vinícius