Todos São Iguais, Mas Alguns São Mais Iguais Que Os Outros

(Provérbios 18:5)

 

Todos são iguais perante a lei. George Orwell, em seu livro Revolução dos Bichos, dizia: “Todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”. As falhas na justiça dos homens sempre existirão. Pessoas continuarão a ser condenadas injustamente, culpados serão inocentados, sentenças continuarão a ser compradas, os ímpios continuarão a ser tratados com parcialidade, os justos terão seus direitos negados, mas sabemos que Deus ama a justiça e a retidão (Salmos 33:5) e o homem de Deus foge dessas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé (1 Timóteo 6:11) .

O julgamento de Jesus é um exemplo do que pode fazer um tribunal para condenar um inocente. Os injustos acusavam o justo, fizeram tudo na calada da noite (Lucas 22:53); não havia testemunhas de defesa, o próprio tribunal procurou falsas testemunhas de acusação (Mateus 26:59). Houve tortura (Lucas 22:63), coerção para autoincriminação (Marcos 14:60), ameaças contra o juiz (João 19:12). O juiz lavou as mãos, os acusadores  injustos se postaram como amigos do Estado, o inocente foi crucificado.

Usar de parcialidade no tratamento de pessoas é um erro que pode acontecer até mesmo em ambientes sagrados. Tiago, em sua carta, alerta para o tratamento diferenciado usado com o rico e o pobre dentro da Sinagoga (Tiago 2:1-4). Devemos cuidar para não nos tornarmos juizes tomados de perversos pensamentos no trato com as pessoas.

Trate a todos de igual forma, não se cale diante da injustiça, não torça a verdade, seja defensor dos oprimidos (Salmos 103:6), sendo implacável contra o erro, proclamando sempre a justiça de Deus (Salmos 71:15-17). 

Rev. Tiago Silveira