Quando o Sino Toca

Salmo 117

Quando Robert Robinson escreveu as palavras: “Entra tu Fonte de todas as bênçãos, sintonize meu coração para cantar a tua graça”, ele não estava especulando. Ele sabia a realidade da condição humana. Nós viemos de uma longa fila de pessoas que são propensas a vagar sem descanso. O coração é uma coisa inconstante e precisa ser afinado regularmente. A chamada para o culto serve como uma sintonia de nossos corações.

O Samo 117 nos ensina que Deus nos chama para adorá-Lo. “Louvai ao Senhor, todas as nações! Louvai-o, todos os povos! Pois grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do Senhor dura para sempre. Louvado seja o Senhor!”

É fácil constatar nas Escrituras Sagradas, que a chamada para o culto, para a adoração não é ideia nossa, como fruto da ação do homem. A Palavra nos ensina que adoramos porque é ideia vem de Deus. A inciativa vem dEle. O Salmo 117 retrata que Deus é quem está falando ao Seu povo, comandando, convidando, e exortando-o para louvá-Lo (verso 1). Esta chamada está enraizada em um compromisso firme para tanto à sua glória como para nossa alegria. Quando o povo de Deus está reunido em seu nome, ele o serve como hospedeiro. Ele iniciou e convidou-nos a estar em comunhão com ele.

A resposta no Salmo 117 também implica no reconhecimento de quem é Deus – de seu valor (verso 2). No convite à adoração reconhecemos e lembramos que só Deus que é digno de ter os nossos corações, lábios e vidas. Como a verdade soa através dos nossos ossos… Somos lembrados do objeto de nossa adoração: Deus. Adoração, no ritmo de revelação e louvor, começa com Deus tornando-se conhecido, e é seguido por nossa resposta de lembrança e louvor.

Esta resposta à adoração no Salmo 117 está enraizada no fato de que Deus revelou-se a nós. Na adoração o salmista é informado e da mesma forma chamado a louvar e exortar à Deus porque ele se revelou a nós em sua palavra. Nós o adoramos por causa da beleza de seu caráter. Ele é o Deus que fixou seu amor sobre nós como seu povo escolhido. Ele é o Deus cujo fidelidade não pode ser esgotada. Ele é o Deus que é digno de adoração de toda tribo, língua, povo e nação. Nossa teologia leva à doxologia.

A próxima vez que um culto de adoração começar – ainda hoje – preste muita atenção ao convite que soa através do ar. Somos chamados não por causa da nossa justiça, nossas obras, ou a nossa piedade. Nós somos bem-vindos porque Deus nos escolheu, Cristo nos comprou, e o Espírito Santo nos selou para a eternidade. Esta chamada é para os fracos e os cansados, os pobres e os desamparados. O chamado à adoração é um chamado para vir e beber profundamente do poço que jamais secará.

Como nos ensina o Profeta Isaías: “Vamos, todos os que tendes sede, vinde às águas; e quem não tem dinheiro, vinde, comprai e comei; venha, comprar vinho e leite sem dinheiro e sem preço. (Isaías 55: 1).

Que Ele o abençoe ricamente.

 

Rev. Jouberto Heringer

Capelão da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio