PLANEJAMENTOS – Provérbios 16.1

No primeiro domingo do ano ouvimos, no sermão vespertino, a ordem dada ao povo de Israel, que tinha à sua frente o obstáculo do Mar Vermelho, que marchasse (conf. Êxodo 14.15).

Não podemos nos esquecer, porém, de que a ordem viera do Senhor Deus, Todo-Poderoso!

Devemos marchar, sim; mas, como ouvimos, nunca nos deixarmos levar pela suposição de que somos autossuficientes. É o que lemos em Provérbios, no texto bíblico desta pastoral.

O ano de 2016 acaba de surgir. Apesar de alguns imaginarem que tudo se renova, tenhamos atenção ao continuum da vida em, pelo menos, dois aspectos. O primeiro é que certos problemas “viraram” o ano conosco. O segundo é que nunca devemos deixar de sonhar, de fazer planos; inclusive com novas estratégias que venham suplantar as dificuldades que teimam em nos acompanhar.

Salomão, nesse Livro de Sabedoria, nos aponta duas verdades absolutas: uma, sobre o homem que planifica no seu coração; outra, do Senhor que analisa os planos do homem e apresenta seu veredito soberano. E que maravilhoso que seja assim! Pois, imaginemos se cada um de nós fizesse tudo o que bem entendesse; da forma como melhor lhe conviesse; estaríamos sucumbidos pela falta de ordenamento. É bom saber que somos supervisionados pelo Eterno Deus, e que nada foge ao Seu controle (conf. Salmos 102.12; Daniel 6.26; Mateus 24.35; Marcos 13.31; Lucas 21.33).

Então, o que fazemos com aquelas ideias que surgem repentinamente; ou com aqueles planos traçados de forma minuciosa, calculada, justos, até? Devemos descartá-los, pois, de nada adiantariam se é a vontade de Deus que, no final, prevalece? Aqui é onde encontramos o veio do nosso tesouro! O próprio texto, na sua continuidade, nos esclarece: Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito (v.2). Confia ao Senhor as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos (v.3).

Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador, nos deixou o maior legado sobre o entendimento de submissão e obediência diante da vontade de Deus. Pai, se queres, passa de mim este cálice – era o plano do coração, angustiado, de Cristo – contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. – era o entendimento de que a vontade eterna do Pai era a melhor, como, realmente, foi. (Conf. Lucas 22.42).

Hoje vivemos sob o mais benfazejo plano de um coração – o de Deus – que nos amou, como nos ama, mais que tudo. Cristo se entregou por nós, sendo nós, ainda pecadores (conf. Romanos 5.8).

Sendo assim, nada melhor do que continuarmos fazendo bons planos; mas, por mais razoáveis e excepcionais que eles possam nos parecer, devemos, sempre, buscar pela aprovação prévia do Senhor, antes da execução de cada um deles. Porque nosso coração pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor!

Que Ele nos dê não a resposta que queremos, mas a que é da Sua soberana, e sempre boa, vontade.

Que esse seja o plano do nosso coração para 2016. E que assim seja!

Pastor Maurício