Os Dois Livros

“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos”.

(Salmos 19: 1)

O pôr do sol é um dos momentos mais lindos que podemos ver, e a glória nisso é que podemos admirar todos os dias esse acontecimento. Como um pintor, ao caminhar com o pincel pelo estúdio, deixa cair gotas de tinta, assim Deus deixa suas marcas em sua obra. Ao olharmos para o céu não é raro pensarmos: “Não é possível que o acaso é capaz de algo tão lindo”! O autor do Salmo 19 nos mostra como os céus falam de Deus, assim como a sua Palavra.

Alguns teólogos belamente falam que Deus escreveu dois livros. Um deles é a Bíblia e o outro a natureza, ou a Criação. Essa analogia nos lembra que toda obra tem um autor. Ao olharmos para a obra da Criação e buscarmos uma assinatura, não iremos encontrar. Mas certamente podemos entender a magnitude daquele que a fez. Como o versículo 4 do Salmo 19 nos diz, não são necessárias palavras para que todos na terra reconheçam isso.

Porém, a revelação da natureza, ou, a revelação natural, não é suficiente para que sejamos salvos. Há a “perfeita lei do Senhor” (v. 7) que nos restaura a alma: A Bíblia. Ela tem uma assinatura clara em que vemos que Deus é aquele capaz de justificar nossas iniquidades. Pois é Ele mesmo, como Filho, quem cumpre toda a lei para que possamos pagar o preço que não somos capazes de pagar.

No Antigo Testamento, a “lei”, se refere à Torá, o trecho da Palavra de Deus que eles tinham na época. Porém ela já revelava a vinda daquele que iria cumprir a vontade do Pai. Esse que, com o poder do Espírito Santo, ao morrer na cruz, fez o céu escurecer e rasgou o véu que nos separava do Criador. Se ao olharmos para os céus não somos capazes de entender Cristo, nos apeguemos à Escritura para conhecermos o justo que nos absolveu.

Sem. William Cunha de Freitas