O Rei da glória chegou!

Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas!
Mc. 11:9-10 (Leia também toda a perícope – versículos de 1 a 11)

Na antiguidade, quando uma cidade era tomada por um rei conquistador, este entrava por ela com seu cavalo de guerra. E também no Israel antigo, se um rei viesse em paz, ele viria montado num jumento, conforme a profecia em Zc. 9.9: “Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta.”
O Evangelho de Marcos nos fala da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e justamente nesse relato Ele vem montado num jumentinho como o Príncipe da Paz, sem armas ou exércitos do mundo. Além disso, o texto nos fala de um momento em que o povo estende sobre o chão para Jesus passar ramos e suas capas ou mantos, o que era um sinal de honraria para se abrir caminho a alguém de suma importância. Esse relato também ocorre num momento muito intenso no ministério de Jesus, era um domingo antes da Páscoa, e o Mestre já sabia que se aproximava o dia em que Ele se entregaria para morrer pelo pecado da humanidade na cruz do calvário. O interessante é que Jerusalém estava repleta de peregrinos que vieram de diversas cidades para celebrar a Páscoa, os quais compunham a multidão que louvava e dava as boas-vindas reconhecendo-o como Messias cantando o Salmo 118:25-26!
Apesar do reconhecimento da multidão, ela não compreendeu o tempo nem a natureza espiritual do Reino de Cristo. Eles aguardavam um rei para o seu tempo, guerreiro, político, que os libertaria do império romano, mas o povo não entendeu que Aquele que entrava pelas portas de Jerusalém era o eterno Rei da glória, Jesus Cristo, nosso Senhor.
E assim, depois desse domingo de ramos caloroso, na sexta-feira seguinte, o mesmo povo logo se tornou a multidão irritada que clamou por sangue: “Crucifica-o!” Jesus, que foi uma vez recebido como o rei bendito, seria encontrado com a rejeição violenta de um povo hostil. O verdadeiro rei voltou à sua capital para descobrir havia sido traído. Ainda assim, Ele montou um jumento, não um cavalo de guerra, e entrou em paz. E Ele obteve a vitória final, a despeito de seus traidores, submeteu-se a sua violência – nossa violência – confirmando nossa culpa e alcançando nosso perdão em uma vitória decisiva na cruz.

O inimigo que esse rei conquistaria veio a ser cada um de nós, e o custo da vitória que desejávamos foi a morte de nosso amado Rei. E Ele fez isso.
O convite a todos nós que fomos conquistados pelo Rei Jesus Cristo, que adentra nossas vidas de forma triunfante, é para estendermos os nossos corações em gratidão dizendo: “Bendito o que vem em nome do Senhor!” Você pode fazer isso agora? Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
Que Deus nos abençoe!

Em Cristo,
Pr. Vinícius Lacerda.