O Mundo Invertido

Mateus 5: 3-14

                Imagine um mundo invertido onde as pessoas se comportam completamente diferentes do que estamos acostumados. Imagine que, nesse mundo, ouro não vale nem um centavo, porém muito mais valiosas são as joias confeccionadas com latão. Roupas de marca são fora de moda, mas o que todos usam são roupas confeccionadas a mão pelos próprios indivíduos que a usam. Ou seja, um lugar com valores completamente invertidos comparados aos nossos.

No princípio do Sermão do Monte, quando Jesus começa a falar àqueles que estavam próximos dEle, é apresentado um Reino muito diferente daquele que os que ali estavam conheciam. Como esse mundo imaginário falado anteriormente, os valores desse reino são completamente invertidos. Porém, não os valores financeiros, mas valores de mais importância: éticos e morais.

Cristo nos fala de um Reino de bem-aventuranças, ou, em traduções mais contemporâneas, um Reino de alegria. Cada preposição feita nesses oito primeiros versos do discurso inicia com essa expressão: “Bem-aventurados”. Ela não significa uma felicidade efêmera, como de uma criança que come um sorvete saboroso que estava pedindo ao seu pai. Essa expressão aponta para uma satisfação muito maior, como a de um pai que vive feliz ao poder fornecer a cada dia o alimento que seu filho precisa.

Nesses versículos lemos sobre o estado daqueles que são habitantes do Reino de Deus. No que nós não vemos valor, o Senhor vê com os olhos de quem criou e sustentou cada coisa. Nós podemos considerar como valiosos a riqueza, a alegria, as batalhas bem sucedidas, a fartura de comida e etc. Porém Deus olha para algo mais importante: Para os nossos anseios mais profundos: a riqueza espiritual, o choro legítimo, a paz, a justiça e etc.

Se queremos um mundo melhor, devemos buscar os valores do “mundo invertido” de Deus. Afinal de contas, não seria o nosso mundo o que está de cabeça para baixo?

Sem. William Cunha de Freitas