No dia do Senhor, nao temas!

“…o Rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti; daqui por diante, não temerás mal algum. Naquele dia se dirá a Jerusalém: ‘Não tema, ó Sião; não deixe suas mãos enfraquecerem. O Senhor, o seu Deus, está em seu meio, poderoso para salvar…’. (Sofonias 3.14-17)

Jesus voltará! Sim, esta é a certeza que o Espirito Santo quer que tenhamos ao ler as Escrituras. A volta de Jesus é inclusive o pedido que deve embalar o nosso coração – “Vem, Senhor Jesus” diz João em Ap 22.20.
Um profeta chamado Sofonias, cujo ministério se deu há mais de 2.600 anos antes de nascermos, escreveu sobre este grande dia. O dia em que o Rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti (v.14).
O livro de Sofonias é um chamado ao arrependimento ao povo que vivia um período de prosperidade longe de seu Deus. Este chamado coincidiu com a reforma religiosa operada pelo jovem e corajoso rei Josias (cf. 2 Cr 34).
O livro inteiro de Sofonias é o descortinar do grande julgamento que haveria para aqueles que estavam afastados de Deus. O Dia do Senhor será um dia em que o próprio Deus iria acertar as contas com Israel e todas as outras nações. O que aguarda aqueles que se afastaram de Deus é o julgamento, e acredite: há muitas razões para ter medo deste dia.
Veja o que o profeta diz: “Portanto, diz o Senhor, esperai por mim no dia em que eu me levantar para saquear; porque o meu propósito é ajuntar as nações e reunir reinos, para derramar a minha indignação e todo o furor da minha ira sobre eles; esta terra toda será consumida pelo fogo do meu zelo”(Sf 3.8).
Mas o que aguarda aqueles que se arrependem? Estes são os “humildes da terra” que “buscam o Senhor” (cf. Sf 2.3), o que lhes aguarda é uma promessa de não ter medo. E Sofonias vai nos apresentar porque não devemos ter medo naquele grande dia.
Não devemos ter medo porque Deus afastou a sentença que era contra nós. O evangelho é a realidade maravilhosa do amor de Deus revelado na face de Jesus, seu único Filho, entregue na cruz por nós e em nosso lugar. É o que Paulo diz: aquele não conheceu pecado, Ele (Deus) o fez pecado por nós, para que nele (Jesus), fossemos feitos justiça de Deus (2 Co 5.21). Por isso, não temas! Jesus afastou de nós a sentença do inferno!
(continua no verso)
Não devemos ter medo porque teremos muito o que realizar na volta de Jesus – e igualmente hoje. O profeta nos apresenta Deus ordenamento que seu povo não “afrouxe os braços”. Ora, este é um chamado ao trabalho! Na volta de Cristo, eu e você descobriremos um grande mistério: o que é trabalhar sem a maldição do trabalho dada aos nossos pais na Queda (cf. Gn 3).

Os “novos céus e nova terra” (cf. Ap 21), quando Deus terminar aquilo que teve início na ressurreição de Jesus, qual seja, a renovação de todo o universo, apontam para um dia em que os frutos das nossas mãos serão uma perfeita adoração a Deus. Até lá, temos ainda muito o que realizar, em nosso mister de propagar a multiforme sabedoria de Deus a toda criação!

Não devemos ter medo porque naquele Dia o próprio Deus cantará para o seu povo. O texto de Sofonias termina de uma forma avassaladora: o canto de Deus para o seu povo. O verso 17 concluir nos dizendo que “ele (o Senhor) se regozijará em você com brados de alegria”. A tradução usada nesta reflexão diz “brados de alegria”, e outras como a ARA empregam “júbilo”, porém o sentido mais literal possível é “canto de alegria”.

O povo de Deus ouvirá, sendo o seu “tesouro particular” (cf. Malaquias 3.17) tem a promessa de na volta de Jesus ouvir o seu maravilhoso Senhor, no meio deles, regozijar com canto de alegria. Isto é maravilhoso! Amor assim tão grande não se explica, se recebe. Que eu e você saibamos sempre dar a devida gratidão ao Senhor do universo que nos diz que não devemos temer a volta de Jesus porque aquele que voltará para julgar, cantará para nós.


Na ardente expectativa do canto de Deus,
Lic. Gabriel.