Guardados pela paz de Deus

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus.”
Nas horas difíceis da vida, que todos experimentamos, o que pode amenizar a nossa dor, e nos manter tranquilos, e nos consolar, e nos dar esperança?

A resposta é: a paz de Deus. A paz de Deus é o bem salvífico por excelência. É a síntese de tudo aquilo que se quer, se busca, se espera e se suplica a Deus. É a plenitude de sua bênção para seu povo; bênção em todos os sentidos, em todos os âmbitos da vida, satisfazendo os anseios mais ardentes da alma humana.

A paz de Deus é a mesma paz de Jesus Cristo, que ele chama “minha paz”, e a qual nos dá, não como a dá o mundo, possibilitando que o nosso coração não se turbe nem se atemorize (cf. João 14.27). Ela é também parte do fruto do Espírito Santo, que nós habita (cf. Gálatas 5.22). É paz dada de garça, implantada dentro de nós, que ninguém pode nos roubar. Por ter essa paz, e por tê-la continuamente, podemos nos saber e nos sentir seguros, sejam quais forem as circunstâncias (cf. 2 Tessalonicenses 3.16).

A paz de Deus excede todo o entendimento. Ela está acima e além de toda a compreensão humana. É superior a todas as nossas cogitações. É real mesmo quando parece impossível. Ela vem do Deus cujos caminhos e pensamentos e caminhos (cf. Isaías 55.8-9). É dom sobrenatural do Deus que “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos” (cf. Efésios 3.20).

A paz de Deus guarda nossos corações e nossas mentes, ou seja, nos protege e nos defende, atuando bem ali, no centro de nossa vida, no mais íntimo de nós, na dimensão mais profunda do nosso ser, na sede de nossa vontade e de nossas decisões, e impedindo que a ansiedade (ou qualquer outro mal que queira perturbar a nossa paz) entre em nossa alma e tome conta de nós.

A paz de Deus nos guarda em Cristo Jesus, a quem estamos unidos pela fé e em cuja comunhão de amor vivemos, da qual nada, nem mesmo a morte, jamais nos poderá separar (cf. Romanos 8.38-39).

Estar guardados pela paz de Deus não significa que seremos poupados dos sofrimentos que vêm sobre todos neste mundo. Nem que estejamos isentos de passar por adversidades as mais variadas. Nem imunes aos dramas da vida e da história. Mas, tendo a paz de Deus, podemos enfrentar seja o que for, livres do desespero e do medo. A ele, pois, graças eternamente.

 

Rev. Paulo Severino da Silva Filho