Em que Consiste o Êxito?

“Somos servos inúteis… Fizemos apenas o que devíamos fazer” Lucas 17:10

 

É de suma importância sabermos analisar o “bom êxito”. O mestre Jesus dá exemplo em Lucas 12:13-21, quando o êxito aparente de um homem não mereceu a aprovação divina. O critério verdadeiro para avaliação do êxito tem base espiritual. Vejamos:

1 – O “meu” bom êxito não afete o êxito do “outro”. O sucesso alcançado á custa dos outros, o triunfo que nasceu do mal alheio, pode iludir-nos e, até mesmo, empobrecer-nos espiritualmente, ou, quem sabe, já é evidência de nossa miséria espiritual. Meu êxito enriquece minha vida sem empobrecer a vida do próximo.

2 – Êxitos passageiros e êxitos duradouros. Há satisfações imediatas, apressadas, efêmeras; outras vão nos acompanhar pelo resto da vida e, quem sabe, pela eternidade. Emerson disse: “A lição suprema da vida é a de saber ouvir o que proclamam os séculos contra o que dizem as horas”. Um Educador aconselhava seus alunos: “Vivei de tal maneira que a personalidade em formação em vós, o homem que chegueis a ser, possa aparecer no tempo próprio”. Ele vos espera lá adiante, no futuro. Corpo, cérebro estão em vossas mãos. Aquele que, no futuro, vos espera, aparecerá. Como será o seu legado físico e espiritual que lhe deixareis? Um cérebro deteriorado pela violência, pela dissipação, pela sensualidade? “Ou a mente disciplinada, um sistema nervoso tranquilo, com a perspectiva de uma varonilidade cristã, sazonada e preparada para êxitos maiores”?

3 – Mais importante que alcançarmos bom êxito é SERMOS nós mesmos um êxito perdurável. Pode alguém fracassar e não ser, pessoalmente um fracasso. Como também poderia ser um triunfador em alguma situação e não ser ele, o vencedor, na qualidade e direção de sua vida, um êxito podendo-se concluir, então, que o êxito nunca está fora, mas dentro da alma.

4 – Cada situação da vida nos apresenta uma oportunidade para alcançarmos bom êxito ou caminharmos para o fracasso. Kernahn nasceu sem braços nem pernas, mas revelou corajosa vontade que fez dele um vitoriador. Peganini, um virtuose do violino, um dos maiores violinistas que o mundo já ouviu, estava no palco afinando o violino. O auditório em total silêncio antegozava o que ouviria daquelas quatro cordas que o arco do mestre faria vibrarem.

 

O mestre apertava a cravelha da primeira corda… e ela arrebentou. E, sucessivamente, lá se foi a segunda e, em seguida, a terceira. Paganini conseguiu afinar a última. O auditório já estava da infelicidade do musicista. Mas ele não se preocupou e, naquela corda única, foi tecendo. Variações que encantaram os ouvintes. Vencedor, embora não falte quem diga que ele, antecipadamente, se preparara para aquele instante de surpresa e de glória. Beethoven era filho de pai alcoólatra e mãe tuberculosa e, jovem ainda, ficou surdo. Mas, passados dois séculos do seu nascimento, as músicas que ele compôs continuam com toda a sua força mostrando que a boa música não tem passado, nem jamais é superada. O que não é pouco quando o mundo moderno tem feito o possível e o impossível (até dentro das igrejas) para substituir as páginas do grande mestre por UM BARULHO MUSICAL SEMI-RELIGIOSO ou totalmente mundano-pagão.

Há, pois, ÊXITOS e êxitos, como também há FRUSTADOS e frustrados. “Consegui êxito no mundo aquele que viveu dignamente, que amou o próximo, que amou e serviu a Deus”. E, vencedor receberá a coroa de glória e de vida das mãos do senhor que sabe, como ninguém, avaliar e premiar os verdadeiros êxitos.

Então, irmão, à luz da exposição acima, entenda o texto que está mais acima. Seja um servo mais útil.

É o que o Salvador – que deu a vida por você – Espera de VOCÊ.

 

Rev. Amantino Adorno Vassão

(Ministro Presbiteriano – in memoriam)