Dia De Reis

Se você tem a tradição de desmontar sua árvore de Natal no dia 6 de janeiro (que aconteceu na última segunda-feira) é por conta de uma tradição trazida pelos portugueses e que aponta a visita dos magos ao menino Jesus (conf. Mateus 2.1). Mas não se preocupe com isso! Pode continuar a seguir a tradição, pois os enfeites teriam que ser desfeitos em algum dia, não é mesmo?!

Saem de cena as árvores com suas bolas reluzentes, pisca-piscas das varandas, bonequinhos de presépios montados, cores características de Natal, dentre outras coisas.              José e Maria também desfizeram o cenário em que Jesus nasceu. Vale a pena colocar esse registro: Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito (…) Mateus 2.13s. Precisavam levantar acampamento, ligeiro! As coisas aconteciam muito rápido. Se bem que não precisavam desfazer muita coisa, afinal, o lugar em que nosso Redentor nasceu não era muito colorido nem cheio de enfeites. O lugar não era digno para recebê-Lo, mas era o que se tinha! Foi lá que as dores do parto aconteceram (conf. Lucas 2.6s).

Ao contrário do dia 6 de janeiro, dia do desmonte, o verdadeiro sentido do Natal nunca saiu e nem sairá de cena. Ele deve permanecer vivo, e bem vivo!, dentro de cada um de nós, apesar de, igualmente, não sermos dignos de tê-Lo em nós. Entretanto, pela graça, essa escolha é de Deus!

Foi a providência graciosa de Deus que não estabeleceu limites para a celebração ininterrupta do nascimento do Cristo na nossa história. As luzes, as cores, as músicas, a festa, os presentes, a atmosfera natalina podem até ter saído do cenário de nossas casas, mas ainda há muito a celebrar, há de sempre se celebrar, porque aquele Menino da manjedoura (conf. Lucas 2.7) era a própria história da redenção sendo escrita por Deus, em Cristo Jesus, o nosso Senhor. E a cor daquele nascimento, daquela Vida, daquela Luz era de um vermelho-sangue; o sangue que, anos depois, em sacrifício na Cruz do Calvário, nos foi dado de presente como um Natal sem fim.

Então, ao contrário da fase temporária que os dezembros trazem à nossa sociedade terminando nos dias 6 dos janeiros, Dia de Reis, que o sentido real do Natal, Jesus Cristo, o Salvador, nasça nos 354 dias que ainda nos restam neste ano de 2020. E que se perpetue pelo resto de nossos dias de vida!

Pastor Maurício