Quando você me concebeu como mãe
Fui apresentada ao desconhecido
Mas não foi um desconhecido qualquer
Foi dos sonhos,
Um dos mais deliciosos que sonha uma mulher
E você me trouxe à luz
Misto de alegria e dor
Final dos cômicos dias de sono sem posição certa
Dos enjoos e alteração estética
E a vida toma um tanto de sua forma em valor
E você amamentou meu ego
Mamou da minha alma feminina
De hoje uma mulher, antes menina
Sugou minhas noites de sono
Mas não me importo!
Pois é prêmio mais valioso do que qualquer forma de abono
E ao pronunciar, pela primeira vez, o apelido que você me deu
Anexado ao meu nome em cartório
Como foi bom ouvir do pequenino vocabulário seu
Dos lábios que deixavam, aos poucos, o mamá
E chamavam por mãmã…
Depois você me ajudou a caminhar
Segurou em minha mão
Para que eu não saísse em disparada
Mostrando o lado bom da vida
De uma companhia pequena, mas tão agigantada
Até que, por fim, cresci
E hoje sou só: mãe
Nome diminuto…
Mas de que isso importa
Se dentro dele cabemos o amor, você e eu?!
Já não é motivo mais do que suficiente
De se agradecer, humildemente e sempre, a Deus?!
Pastor Maurício